Água louca da Ribeira, Que corres em cavalgada, Porque não vais devagar? Essa corrida é cegueira... Não vês, nem olhas p'ra nada, Na pressa de ver o mar! Já corri dessa maneira, Nas asas duma ilusão, Na loucura de chegar... Fui deixando pela ladeira, Pedaços do coração, Beijos loucos, sem amar! Vida que foste vivida A correr tão velozmente, Paraste à beira do mar... Agora, vives perdida, São saudades, o que sentes, Por não poderes regressar Armando Varejão
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Desde muito nova que ouvia os fados de Amália, sempre adorei.
O teu blog é de alguém que não gosta, é muito mais, é de alguém que adora a diva de ontem, de hoje e de amanhã. Amália existirá sempre em nós, faz parte da nossa Pátria do sentir e ser portugues
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
Alexandre O'Neill