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A mostrar mensagens de 2005

há uma musica do povo

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(fernando pessoa) Há uma musica do Povo Nem sei dizer se é um Fado Que ouvindo-a há um ritmo novo No ser que tenho guardado… Ouvindo-a sou quem seria Se desejar fosse ser… É uma simples melodia Das que se aprendem a viver… Mas é tão consoladora A vaga e triste canção… Que a minha alma já não chora Nem eu tenho coração… Sou uma emoção estrangeira, Um erro de sonho ido… Canto de qualquer maneira E acabo com um sentido! fernando pessoa
Acetei o testemunho que passou a amiga charlotte e ai vai... Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser? seria um livro aberto... Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção? sim, o sete-luas do "memorial do convento" de saramago... Qual foi o último livro que compraste? "hei-de amar uma pedra" de a.l.antunes Que livros estás a ler? nenhum... Que livros (5) levarias para uma ilha deserta? "o senhor dos aneis" de tolkien "austerlitz" de sebald "o dicionario da lingua portuguesa" "memoria de elefante"de a.l.antunes "codigo da vinci" de d.brown A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê? à nina por ser uma pessoa de quem eu quero saber o que lhe interessa... à dulce porque também me interessa o que ela acha e à lina porque é uma amiga que gosto imenso...

o espaço e o tempo

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(pintura de manuela pinheiro "solidão em bola de balão") O tempo com que conto e não dispenso Não limita o espaço do que sou Por isso aparente contrasenso De tanto que te roubo e que te dou No tempo que tenho te convenço Que mesmo os teus limites ultrapasso Sobras do tempo em que te pertenço Mas cabes inteirinha no meu espaço Não sei qual de nós dois veio atrasado Ou qual dessas metades vou roubando Entraste no meu tempo já fechado Ganhando o espaço que me vai sobrando Por isso não me firas com o teu grito O espaço não dá tempo à solidão Não queiras todo o tempo que eu habito O espaço é infinito o tempo não manuela de freitas

memórias de um chapéu

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(aldina duarte) Quisera então saber toda a verdade De um chapéu na rua encontrado Trazendo a esse dia uma saudade D'algum segredo antigo e apagado Sentado junto à porta desse encontro Ficando sem saber a quem falar Parado sem saber qual era o ponto Em que devia então eu começar Parada na varanda estava ela a meditar Quem sabe se na chuva, no sol, no vento ou mar E eu ali parado perdi-me a delirar Se aquela beleza era meu segredo a desvendar Porém apagou-se a incerteza Eram traços de beleza os seus olhos a brilhar E vendo que outro olhar em frente havia Só não via quem não queria da paixão ouvir falar Um dia entre a memória e o esquecimento Colhi aquele chapéu envelhecido Soltei o pó antigo entregue ao vento Lembrando aquele sorriso prometido As abas tinham vincos mal traçados Marcados pelas penas ressequidas As curvas eram restos enfeitados De um corte de paixões então vividas aldina duarte