o espaço e o tempo



(pintura de manuela pinheiro "solidão em bola de balão")

O tempo com que conto e não dispenso
Não limita o espaço do que sou
Por isso aparente contrasenso
De tanto que te roubo e que te dou

No tempo que tenho te convenço
Que mesmo os teus limites ultrapasso
Sobras do tempo em que te pertenço
Mas cabes inteirinha no meu espaço

Não sei qual de nós dois veio atrasado
Ou qual dessas metades vou roubando
Entraste no meu tempo já fechado
Ganhando o espaço que me vai sobrando

Por isso não me firas com o teu grito
O espaço não dá tempo à solidão
Não queiras todo o tempo que eu habito
O espaço é infinito o tempo não


manuela de freitas

Comentários

Anónimo disse…
Gostei de te ver de volta, Beijinho ;*
Anónimo disse…
Visitei-te hoje pela primeira vez e gostei. Tens um blog muito simpático.
Anónimo disse…
O tempo, o fado, a procura e essa solidão nata que vai desbravando nosso peito a procura de algo.
Lindo o poema, linda a música, lindo seu espaço no seu tempo.
Meu beijo meu amigo.
folhasdemim disse…
Gostei do blog :)
Anónimo disse…
Lindo poema amigo, lindo.
E esse layout de muito bom gosto.
Beijos bem doces
Anónimo disse…
Agora sei (messenger) porque o espaço é infinito e o tempo não...
Beijinhos e grazie pelo questionário! Tb estava curiosa p/ saber o que lê o meu amigo?
Bj*
por mim disse…
oilaaaaaaa!!!!!!!tudo bem???amei a msg que deixou ai linda e maravilhosa tão quanto a imagem q a aconpanha....bju
Walma Rabelo disse…
Olá...
Adorei sua poesia e preciso dela para uma apresentação na minha aula de docência na UEG / GO. Gostaria de usá-la para finalizar a minha apresentação, juntamente usarei um vídeo com a música do Caetano Veloso: Oração ao Tempo. Por gentileza envie-a para walma.rabelo@gmail.com
Obrigada pela atenção e continue com suas lindas poesias... até mais!!!!!!!!!!!

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